Tricolores não pouparam nem o meia Deco na derrota por 2 a 1 para o Corinthians.
Difícil de entender. As vaias, que geralmente acompanham os times nas fases adversas, ecoaram no Engenhão nas duas últimas partidas do Fluminense, líder do Campeonato Brasileiro. Contra o Ceará, no último dia 8, mesmo com a vitória tranquila por 3 a 1, o goleiro Fernando Henrique, o volante Belletti e o lateral-esquerdo Julio César não foram poupados. Era só tocar na bola e a impaciência tricolor imperava no estádio. Nesta quarta-feira, em jogo decisivo contra o Corinthians, nem mesmo o astro Deco escapou das reclamações durante a partida. Após o fim do jogo, derrota por 2 a 1 para os paulistas e novas vaias.
O curioso é que, em 2009, quando o time lutava para não ser rebaixado, o comportamento era outro na reta final da competição. Torcida e time falavam a mesma língua. Era apoio do início ao fim. Conclusão: a equipe se salvou do rebaixamento quando tinha 99% de chances de cair. Nem mesmo a derrota por 5 a 1 para a LDU, do Equador, no primeiro jogo da final da Sul-Americana, abalou os tricolores, que fizeram festa no aeroporto na chegada do time ao Rio de Janeiro. O mesmo aconteceu no domingo, após derrota por 2 a 1 para o Atlético-GO, mas em menor número.
Mas como explicar tal mudança de comportamento? Para o apoiador Marquinho, é difícil de entender.
- Falar como atleta é diferente do torcedor. Torcedor é clube, sentimento, mas nós, profissionalmente, não conseguimos entender muito. Mas temos que compreender. Sabemos que na hora certa eles vão apoiar. Tenho certeza de que quando voltarmos a jogar bem eles vão apoiar.
Apesar de procurar entender o lado do torcedor, Marquinho acredita que vaias não ajudam em campo.
- Minha opinião é que vaiar o jogador é pior. Eu acho que é compreensível, mas seria melhor se não vaiassem.
Vale lembrar que o próprio vice-presidente de futebol do clube, Alcides Antunes, criticou a torcida há exatamente uma semana pelo comportamento diante do Ceará. E domingo é dia de Fla x Flu no Engenhão. O Fluminense, líder do Campeonato Brasileiro com 41 pontos, encara o Rubro-Negro, 14º colocado, com 26, às 18h30m (horário de Brasília), pela 23ª rodada.
Fonte: Globo esporte
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